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quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Jurema Werneck fala sobre lei 10.639/03
trecho Reportagem
Um outro modelo civilizador
Por Daniela Lot
A história que aprendemos na escola sobre a África começa no período colonial (1500-1822) e apresenta os negros trazidos ao Brasil como escravos, como força motriz da empresa mercantil. De forma geral, é uma história em que os negros são percebidos como coadjuvantes, sem voz. “Nos livros de história, a África sempre aparece como pano de fundo”, explica Anderson Oliva, historiador da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Oliva explica que o que se faz é uma história eurocêntrica, que privilegia um ponto de visto europeu. “Não apenas as características da Europa como modelo civilizatório a ser copiado ou seguido – diz ele – mas tudo que parte do velho continente é apresentado como o centro da história e a partir dali se articulam as outras civilizações ou as outras histórias”. Ou seja, é uma história contada a partir da presença dos europeus na África.
Jurema Werneck, médica e doutora em comunicação e cultura, e membro da ONG Criola, concorda que o movimento negro contribuiu para que a lei fosse sancionada. “Isso ocorreu por sua ação política anti-racista de longa data, pela estratégia de confrontar o Estado brasileiro e sua responsabilidade em reverter o quadro, e priorizar políticas de educação que tivessem como eixo o anti-racismo e que propusessem uma mudança nas diretrizes da política de educação e no currículo”, esclarece Werneck
Fontes:
http://archive.gg.ca/media/pho/galleryPics/2156.jpg
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=34&id=407
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